segunda-feira, 22 de março de 2010

Vou contar pra vocês como foi a minha aventura na Polônia.

No final do ano decidi viajar para a Polônia, passar o final de ano na Cracóvia e depois ir pra Zakopane fazer snowboard. Mas por que a Polônia?
1- Porque eu não conhecia nada de lá e pareceu interessante. 2- Porque eu moro com uma polonesa que me falou super bem de lá. 3- Porque é mais barato 4- Porque uma amiga minha aí do Brasil tava indo pra lá também e a gente combinou de se encontrar. 5- Porque sim.



Lembrando do Clube da Luta no avião.














O Hostel que eu fiquei tem um bar no sótão. No primeiro dia você ganha um shot de vodca polonesa que é fueeeerte mas tem uma espécie de licor docinho no fundo do copo. Eu amei. No bar eu conheci um brasileiro super gente fina que odiou a vodca. Foi um bom começo. O brasileiro se chamava Anderson e virou um ótimo companheiro nas baladinhas. Nesse dia ele tava indo pra uma balada que eu decidi não ir, afinal, me dá um balcão de bar, cerveja boa e barata, num lugar que seja pertinho de onde eu vou dormir e eu quero ver você me tirar de lá. Depois conheci mais um pessoal da Alemanha (sem comentários) e outro cara legal do Chile, Rafael, que também se tornou um bom amigo.













Quando eu cheguei na Cracóvia não tinha nada de neve, fiquei meio decepcionada. Mas ao acordar no dia seguinte, com uma leve ressaquinha pós-baladinha agradável, dei uma olhadinha na janela e tava tudo branquinho. Pra completar a cena, ainda tinha um gatinho brincando na neve. Tá na imagem, bem pequenininho, ali no meio. Coloquei minha roupa impermeável, minha bota de astronauta e fui lá viver a minha primeira experiência com a neve.
No caminho, parei na cozinha do hostel pra tomar café da manhã. Tinha um cara na cozinha que eu conheci na noite anterior e que me explicou o que tinha pra comer: pão, manteiga e café. Coloquei duas colheres de pó de café na minha xícara, açúcar, água fervendo e me sentei numa das mesas com uns brasileiros que eu também conheci na noite anterior mas que não bateu muito os gênios. Trocamos algumas informações sobre cidade de procedência, razões para estar por lá, destino, ainda bem que nevou e eles finalmente foram embora. Dei mais uns goles no café e conforme a cafeína foi fazendo efeito comecei a notar alguma coisa errada com a minha bebida, o pó não tinha dissolvido direito, o gosto tava meio estranho, pensei no café polonês ser meio estranho, olhei para a pia e me dei conta da razão: ao lado dos potes de açúcar e café tinha uma cafeteira, o café era de coador. Acho que eu ainda tava meio bêbada.



Baterias carregadas, hora de explorar a cidade. Turistona, tirando foto de tudo que tinha neve em cima, dos carros, dos bancos de praça, dos telhados, das pombinhas, dos cavalos. Todo mundo meio que reparando na minha roupa de astronauta, todo mundo de casacão de inverno europeu e eu toda abobada com a neve. Fui andando, fotografando, andando. A neve, quando a gente anda sobre ela faz um crunsh crunsh gostoso sob os nossos pés, meio parecido com areia, mas diferente.
























Dzok, durante um ano (1990/91) , foi visto esperando em vão por seu dono onde ele havia falecido. "The most faithful canine friend ever, epitomising a dogs boundless devotion to his master."






































Imagina se eu não me perdi.








Conto mais depois, nesse mesmo dia teve karaokê no hostel, eu encontrei com a minha amiga brasileira e umas cositas más. Não vou poupar nenhum detalhe (ou quase).
E olha que esse foi só o primeiro dia, ainda nem começou.