sábado, 28 de novembro de 2009

Adivinha quem morou a poucas quadras da minha casa?

JJ



















Pois é esse grande escritor é de Dublin. Dia desses eu falei pro meu professor onde eu moro e ele contou que James Joyce morou bem pertinho e me deu uma missão, ou melhor, homework, tirar uma foto da faxada da casa dele e eu que sou muito legal fui, quando eu cheguei na rua (Brighton Square) eu não tinha certeza de onde era casa e fiquei procurando a tal placa. Aí um senhor estava passando na rua e olhou pra mim todo sorridente, eu perguntei onde era e ele todo orgulhoso me mostrou a casa.
Aliás, falando em senhor simpático, as pessoas aqui são mais solícitas impossível, você pede um informação de rua e é capaz de te levarem até o endereço, o que inclusive já aconteceu comigo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Terceiras Impressões

Oi, pois é, descurpa ae, mas todos os dias eu esqueço de levar a máquina fotográfica e as vezes, quando eu levo, eu esqueço de carregar a bateria. Então não vai dar pra contar como tem sido minhas tórridas aventuras por estes lados. Dias desses eu fui ver um negócil e lembrei de levar então vou mostrar algumas fotos que eu tirei pelas ruas e umas cositas mais.


De onde eu to escrevendo. Não é de agora, agora já está de noite. (5:30 pm), é incrível, aqui 1 hora da tarde parece 4 e as 4 começa a anoitecer. Eu ainda não me acostumei completamente. Volta e meia eu me confundo com os horários.

Bom, essa é a sala de tv da residência que eu vou ficar até domingo. O sinal chega por Sky, mas assistir tv aqui é uma experiência chata, a cada minuto aparece uma mensagem na tv dizendo pra você digitar o "viewing card". Aí vc vai, aperta back up e pronto, por mais um minuto vc vai poder assistir tranquilo. P... saco, mas , pessoal tá em crise e não querem gastar com a gente, somos supérfluos. (ironia)























Corredor mais bonito da residência.















Talvez a foto não passe exatamente a minha impressão.


Lojinha mais fofa. Pena que tava fechada. Vende frutas. Que, como todo mundo sabe, fora dos países quentes são caras e não tão saborosas.











Pois é, aqui o tempo todo se fala na crise. É difícil entender a crise sem saber como era antes e tendo nascido em um país que já nasceu em crise. E é isso que tá acontecendo, eles tão tendo que viver como a gente sempre viveu. Por exemplo, a classe media não pode comprar o carro do ano todo ano, comprar supérfluos o tempo todo, calcular os gastos e temer que alguém roube o emprego e a publicidade fica fazendo brincadeirinha com a crise e anunciando redução de preços. Básico.











Falando em publicidade, meu outdoor favorito.
Agora você está vendo.














Essas bicicletas você pode alugar, basta entrar no site www.dublinbikes.ie e deixar em outro ponto da cidade. Pena que não tem nas áreas que eu preciso, mas tudo bem.
















Parada pra recarregar as baterias.














Essa é a Emerald, a escola de inglês que eu estudo.



















Ganha um doce quem adivinhar o que essa placa significa.













O que mais tem por aqui é pub e igreja.



















Fim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Malahide Castle


Bem, sábado eu completei uma semana aqui. Hoje é Bank Holiday e pelo que eu li é tipo um dia do trabalho e não tem aula. Passei o dia de hoje em casa sem fazer nada para descansar desses meus walkings days. Mas eu só comprei uma camera fotográfica ontem, as fotos só começarão a partir de agora. O bom é que material não falta, essa cidade é linda. Vamos lá então, esses são meus primeiros olhares de andarilha. Ontem (domingo), fomos num castelo nos arredores de Dublin, num vilarejo chamado Malahide. Vamos ao passeio?





Aqui na Irlanda chove e faz sol o tempo todo. Isso significa presentes ópticos a todo instante. Acho que eu nunca vi tanto arco-íris em toda a minha vida.












Esse é o Luas, o metrô de superfície que eu falei no post anterior. O mais legal dele é que tem o tempo todo e tem um reloginho que mostra quanto tempo até o próximo e os dois posteriores. Isso é uma mão na roda, tinham que implantar isso lá em São Paulo. A coisa chata é que o Luas cobre apenas uma pequena área da cidade e as 11 e 30 da noite acaba e você fica a mercê de onibus e taxi.








Os onibus daqui são que nem os de Londres, de dois andares, é super gostoso pra passear. Mas por outro lado, disseram que eles demoram bastante pra passar e que a maioria enrola muito pra chegar ao destino. Tipo o Brasil pelo visto. Não dependo deles ainda, então eu não sei dizer.








E para terminar a sessão transporte público esse é o DART, trem que liga Dublin aos seus arredores no litoral.












Adivinha que exposição eu vou ver semana que vem.












Na foto: um coreano, uma italiana e uma japonesa. Estávamos no DART indo pra um castelo.











O castelo.


















Os arredores do castelo.


























Super Toll!











E terminamos o dia em grande estilo num pub lá do vilarejo.















É isso aí amiguinhos, estou exausta de tanta diversão.
Até a próxima.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Overseas

Primeiros passos
Eu estava um pouco nervosa ao me despedir da minha tia querida e do meu amigo querido e entrar na área dos passageiros (que agora não me recordo o nome, mas é aquela área que tem o duty free e tal), mais ansiosa do que nervosa na verdade. Me sentindo as vezes meio bobinha, meio perdida, as vezes super bem e adaptada. Passei direto pelo duty free só olhando de longe aqueles produtos que eu definitivamente não preciso, mas que eu desejaria e acabaria comprando alguns. Na verdade eu fiz bem, quando eu cheguei ao meu portão as pessoas já estavam na fila. Eu como uma boa marinheira de primeira viagem errei a fila.
Escrevi as próximas linhas assim que eu sentei na minha poltrona no avião da KLM.
Bem , estou sentada no avião esperando o momento em que as aeromoças fecharão as portas do bagageiro acima de nossas cabeças e nos darão instruções de vôo. Acho que elas só falam em inglês porque desde que eu embarquei elas só se comunicaram nessa língua. Eu, na minha tola ignorância, imaginei que elas fossem brasileiras e que seria bom eu responder em português para elas entenderem que eu sou brasileira e sei lá. Aí uma aeromoça veio arrumar o braço da minha careira que estava caído e eu agradeci em português. Ela me devolveu o agradecimento em um inglês que definitivamente não era de brasileira e sorriu meio sem graça. Provavelmente pensando: Oh God. Ok, minha primeira gafe, vamos exercitar o inglês então.
E eu já to com uma paranóiazinha engraçada que daqui a pouco eu conto. Depois eu conto mesmo. Decolei, foi tranqüilo, tem uns gringos super gatinhos nas cadeiras do meio e por enquanto é só amiguinhos (19:24).
Conclusão
As aeromoças provavelmente eram holandesas e os gatinhos estavam acompanhados. A minha paranóiazinha era com o cara que estava sentado do meu lado que parecia meio tímido, desses caras que trabalham demais e um dia piram, pegam uma metralhadora e saem por aí atirando em uma avenida movimentada. Bom, única coisa que se confirmou é que ele era tímido. Tímido e alemão, não olhou no meu olho nenhuma vez nem quando eu pedia licença para ir ao banheiro e sorria em agradecimento.
Bem, depois de uma garrafinha e meia de vinho, um prato de peixe insosso, 2 Big Bang Theory, 1 Friends, 1 Family Guy, 1 Simpsons, uma café da manhã com u quadrado amarelo bizarro que parecia ser alguma coisa de ovo, uma café forte, ½ Montros VS Aliens, 1 ½ The Office e uma partidinha de Black Jack eu finalmente aterrisei em solo Holandês. O avião aterrizou tão suavemente que não deu pra perceber o momento em que ele tocou no solo. Eu achei fantástico e os passageiros devem ter achado também porque eles aplaudiram, ou então é um habito, do tipo: Parabéns, estamos vivos!
Fui, fui, fui, fui e fui por muto tempo até chegar no meu portão. O aeroporto de Amsterdam é realmente gigante. Mas é fácil de se achar e no avião eles mostram o mapa do aeroporto várias vezes.
Se a KLM era organizadinha, não dá pra dizer a mesma coisa da Air Lingus, a equipe era super grossa, menos o jamaicano que checou a minha bagagem que era super simpático e sorridente. As atendentes sorriam de uma orelha à outra para os cidadãos europeus e sorriam amarelo para nós brasileiros. Nem preciso dizer que a aterisagem foi super brusca, preciso?
Cheguei viva!
Bom cheguei, a imigração foi super tranqüila. Eu acho que é importante estar segura ao conversar com o agente, dar bom dia, ou boa tarde, sorrir e só entregar o passaporte e a carta da escola sobre a matrícula e estadia. Acho que isso já é meio caminho andado, mas na real meio que se tiver tudo certinho não tem muito problema não. A diferença é que o quanto mais educada você for, mais rápido acaba, e pode ser melhor heh. O agente foi super simpático comigo até perguntou se eu iria quebrar alguns corações em Dublin (hihi e ele era gatinho).
Peguei um taxi. Eu perguntei o valor aproximado antes de entrar e deu uns trinta euros. Algumas pessoas aqui do lugar onde eu estou pagaram entre 60 e 80 euros, então acho bom tomar essa precaução. O taxista era super simpático e faladeiro, me mostrou todos os pontos turísticos, me contou que já viajou ao Brasil e que filmou tudo e editou sozinho em uma mesa semi-profissional, me mostrou uns pubs, o ginásio, a faculdade, falou, falou, falou até eu chegar na residência. O inglês Irlandês não é tão complicado assim não, é só abstrair o que não entendeu e tentar entender o todo.
A residência é legal, bonita, um prédio antigo que antes era um dormitório para moças de um colégio católico que tem aqui perto. Fiquei imaginando as histórias que já aconteceram aqui, de amores escondidos, de meninas pulando a janela pra sair a noite. Meu quarto tem uma pia, adoro a idéia. Não tem banheiro, mas tem uma pia, e isso quebra metade do galho, rs.
Os brasileiros são legais, uma delas me ajuda pra caramba, as japonesas tímidas e fofas, as italianas queridas e simpáticas e os espanhóis barulhentos e espaçosos. Apesar de eu definir pela nacionalidade, não estou dizendo que o povo espanhol seja assim. É que os que estão aqui em particular são novinhos e também rolou uma treta antes de eu chegar. Eu não entendi direito como aconteceu, mas foi entre os brasileiros e os espanhóis e meio que depois disso eles se fecharam entre eles e odeiam os brasileiros e desde que eu cheguei tem alguns que nem olham na minha cara. E quando eles chegam na cozinha e a gente já está lá começam a bater panela e porta e a falar alto que é uma beleza. Mas sei lá, to nem aí, qualquer dia eu trago uma escola de samba pra competir com o barulho deles e a gente faz uma musica fuzion Olla y Tamborim.
Bem, no sabado eu fui num pub aqui perto e tomei Ginnes e outra cerveja que agora não me recordo o nome. Então, quando eu cheguei aqui na residência a brasileira tava tomando cerveja e eu acompanhei. Depois ela abriu um vinho e eu não pude negar. Resultado: perdi o domingo inteiro em hungover.
Hoje foi meu primeiro dia de aula. Foi legal. Depois fomos fazer um city tour com uma senhora lá da escola. Ela mostrou três lugares pra gente: um que antes era uma igreja e que agora é um espaço que vende bugigangas pra turistas, outro lugar também pra turistas do mesmo tipo pra pior e um lugar pra gente fazer a carterinha de estudante. Aí, quando eu tava preenchendo o cadastro ela simplesmente sumiu, tipo, foi embora. Daí que ficou legal. Ficamos eu, um brasileiro, uma japonesa e um espanhol. A gente foi passear na Trinity College Library. Lá tem o Book of Kells e um corredor gigante com livros antiqüíssimos (pra ver de longe é claro), no centro do corredor uma exposição de livros antigos sobre Napoleão Bonaparte. Foda! Vale muito a pena, é caro (9€) mas é foda.
Aí a gente deu uma passeada pelo centro. Pela Grafton Street, que é famosa por suas lojas de grifes famosas, mas não deu pra ver muita coisa porque já tava todo mundo meio cansado. Pegamos o Luas (que é um metrô de superfície daqui) e cada um desceu na sua estação. Menos eu que resolvi improvisar e desci numa estação antes da minha pra tentar achar um supermercado. Me perdi é claro. Mas depois de 2 km a mais eu consegui achar o caminho de casa e fui no supermercado aqui perto mesmo.
Ufa. Tem um monte de coisas a mais que eu queria contar, mas se eu começar, isso aqui vira um tratado.
Conto mais depois então.

sábado, 26 de setembro de 2009

Talvez as perguntas certas não produzam respostas?

Passando Matrix na tv e eu não consigo parar de pensar sobre o que não é mais assistir um filme como apenas um filme. Ele é hoje, pra mim, um conjunto de informações. Não que outros filmes não sejam, mas tá passando Matrix, logo eu estou pensando sobre ele.
Matrix é a própria Matrix, é a soma das realidades simuladas do qual o próprio filme se refere.
Se todos os nossos sentidos nos criam a sensação de uma realidade que aprendemos chamar de real, o que é o que não sabemos que é?
Matrix não faz o menor sentido, pois o mundo real é completamente irreal comparado ao que no filme seria o período pré-Matrix, houve um salto inexplicável dos rebeldes para a simples replicancia e nada mais se difere da própria Matrix e que depois se revela ele próprio uma segunda Matrix. E no espaço vazio de nasce a idéia da realidade pura, em branco. A idéia do que seria fora do que não é. E a explicação do que não é sentido é tão pobre, a não simulação acaba aí. O que falar sobre os nossos não sentidos? Que mundo é esse se não o mundo que não conhecemos? Acho que talvez seja por isso que as continuações sejam tão decepcionantes. Abrir a porta foi fascinante, mas não havia nada além dela.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ozera em Prudentópolis


Minha primeira parada foi numa pequena cidade do Paraná, Prudentópolis. Eu vou deixar as minhas coisas na casa da minha mãe, no oeste do Paraná, na longínqua cidade de Marechal Cândido Rondon. De Floripa até lá de carro dá mais ou menos umas 12 horas. Como eu viajei sozinha resolvi parar no meio da cominho. Minha mãe sugeriu Guarapuava, que é uma cidade de tamanho médio, busquei na internet e encontrei alguns hotéis. Esses de cidade que tem espaço pra eventozzzzzzzzzzz, os preços variavam de 80 a 120 reais e pelas fotos não pareciam variar tanto assim na qualidade das acomodações. Perto de Guarapuava, no meio da estrada (pelo GoogleMaps) encontrei um tal de Hotel Pousada Ozera, dei uma olhada no site e o lugar parecia bem bonitinho. Liguei e a pernoite com café da manhã sairia por 85 reais. Topei. Troquei alguns emails para confirmar a reserva e aconteceu o primeiro Fato que Torna o Interior Fascinante e Peculiar (FTIFP). No email final ele escreveu "Solicitamos que caso venha a chegar mais na parte noturna, por gentileza nos avise, e traga consigo nossos telefones caso precise nos ligar." Direto e reto e muito mais pessoal do que "Favor avisar em caso de mudança de horários". O povo daqui do oeste é assim, acho que deve ser influência alemã mais cidade pequena, eles te cuidam de longe. Não são muito próximos, nem simpáticos, no atendimendo ao público são rudes no início mas em pequenas atitudes provam que são gentís e prestatívos.
Bem, cheguei na pousada com uma certa dificuldade. Na estrada, enquanto eu ultrapassava um caminhão, vi uma placa bem grande "Hotel Ozera daqui X km", continuei, sem saber o quanto era o X, mas esperta. Nada mais de placa, cheguei há uma posto de gasolina e o frentista, achando isso a coisa mais engraçada do dia (e deve ter sido), me informou que eu já tinha passado 20 km do destino. All right, voltei e encontrei uma plaquita azul com os dizeres "Hotel Pousada" apontando para o outro lado da estrada. Numa entrada de terra super complicada chegava-se a outra placa enorme, no meio do mato, que indica que a única entrada que tem é a do HOTEL POUSADA OZERA. Mais estrada de terra e ufa, cheguei. Um rapaz me esperava na recepção, ele já sabia que eu era eu e a primeira frase foi "Já tinha te ligado mas caía direto na caixa-postal." Detalhe, eu falei que chegaria entre 4 e 5 da tarde, eram mais ou menos 4 e meia. Não sei porque, mas aquela pousada no meio do nada, eu sozinha com todas as minhas coisas e o cara completamente sozinho na recepção me lembrou Psicose. Preenchi a minha ficha e ele me levou na cabana, tinha uma família do lado, o que me deixou meio puta porque tinha crianças alegres e gritadeiras e eu tava a fim de tranquilidade e TODAS as outras cabanas estavam vazias. Mas por outro lado, fugiu do roteiro de Psicose. O apartamento é simples, não tem muita coisa, tem colchão de mola e box spring, toalhas limpas, é tudo bem limpinho e a janela da vista pra lagoa, apenas o trivial e necessário.
Ai, tá muito enrolado, vou tentar resumir.
A família foi embora, eu fiquei sozinha na pousada, jantei em Prudentópois e era domingo e a cidade estava toda na avenida principal (FTIFP) com o som dos carros ligados, olhando os carros que passavam, dançando no meio da rua e coisas super pitorescas que me faltam palavras pra descrever. Voltei pra pousada, tive uma noite super tranquila numa cama maravilhosa, pela manhã a mesa de café era a mais completa que eu já vi na minha vida, tipo 6 tipos de bolos, 3 sabores de iogurte, muitas frutas, sucrilhos, pão de queijo etc. Isso que só tinha eu na pousada.
Moral da historia, se você for de SP, RJ, SC etc e estiver indo praqueles lados (tipo Foz do Iguaçú) e quiser parar no caminho pra descansar antes de seguir viagem, eu super recomento o Hotel Pousada Ozera. Recarrega as baterias e te faz muito bem.

Wind me lembra Wild


Saí de casa há mais de dez anos, não sabia pra onde ia, só sabia que eu ia. Tinha que ir, nâo tinha mais lugar em casa, não dava. Não aguentava mais São Paulo, também não dava. Sair de casa e ficar por lá nem pensar, nem saberia como. Então eu fiquei no primeiro lugar que consegui: Florianópolis. Poderia ter sido qualquer lugar, não fui para morar no paraíso ou pra praticar esportes, fui porque na época era barato, a qualidade de vida eu percebi lá. Fui porque eu precisava, então eu fui pra lá. Fui como Mary Poppins que vinha e ia com o vento Leste.
Pois bem, agora o vento Leste soprou em meus ouvidos novamente e eu não posso ignorar o seu chamado, então eu vou.
Vou tentar contar tudo aqui. Um diário aberto como tantos que encontrei pela rede e que me ajudaram a conhecer, antes mesmo de saber, o meu destino.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Olá,
Eu mudei o conto pra outro lugar (primeirosegundo) e aqui vai continuar um espaço para as minhas trivialidades pessoais que eu costumo compartilhar com o mundo.

domingo, 14 de junho de 2009

Dardo

Então, ontem uma amiga minha que veio passar o dia dos namorados com o ex que mora aqui em floripa me chamou para irmos no shopping trocar o presente que ela ganhou e depois fomos beber uma cerveja. E fomos beber uma cerveja num bar novo que tem na lagoa. Estilo, nas palavras da minha amiga, "texano"; o bar é todo de madeira, rola uns monitores com uns caras jogando dardo, uns balcões, uns bancos, umas mesas, umas pessoas meio mais velhas, umas mulheres que se acham o ápice da inteligência feminista, uns gringos, um alvo e uns dardos. Um bar legal, porque floripa não tem bar legal e como esse faz tempo que eu não vejo e só por ser diferente já é legal. Tá, e a gente no bar bebeu e minha amiga resolveu jogar dardo e nós fomos e eu nem queria porque fica todo mundo olhando e aprendiz nessas horas é meio que ridículo, mas no final a gente foi. mas o que eu quero contar é que a partir de ontem eu amo muito jogar dardo e me pergunto como eu posso ter chegado até hj sem nunca ter jogado e que eu e minha amiga quase ganhamos todas as partidas. Virei frequentadora do bar e jogadora de dardo.

sábado, 13 de junho de 2009

Vamos ver se eu sou chata então.




Coisas que eu amo:
gatos
todos animais do mundo
aroma de café pela manhã
meia quentinha
velhinho(a) simpático
cheirinho do gatinho(humano) no travesseiro
perfume do gatinho na blusa que ele emprestou e acabou ficando com você
cheiro de vinho bom na rolha assim que abre a garrafa
vinho bom
pizza
risada incontrolável (por mais embaraçoso que seja)
filmes, seriados, desenhos, programas, livros, revistas e afins
ler bem devagarinho o fim do livro e já começar a sentir muita saudades do personagem e dar um abraço no livro no final (cena ridícula, fazê oquê)
fim de tarde de sol
noite de chuva
pantufa
piscina
água de coco
cenoura
maçã
cerveja
shitake
queijo com mel
luvas
óculos de sol
dorothy olhando na janela
abajour
festa da tequila
lápis de olho
violino
piano
beatles
minhas músicas prediletas
gatinho que adora gatos
copa de árvore
frio na barriga de paixão
perna mole depois da paixão
amigo que pesca a situação na hora e te faz um sinal que te faz relaxar
transmissão de pensamento
novas tecnologias
velhas tecnologias
dirigir, dirigir e dirigir







Coisas que eu odeio:
papo de elevador
dentista
cheiro de vinagre
suar no cobertor
cheiro de queijo ralado de pacotinho
ouvir a torneira pingando depois de estar debaixo das cobertas quentinhas
pessoa que faz um comentário imbecil e fica olhando pra sua cara, esperando a sua reposta. E quando você fala "pois é" a pessoa emenda mais um comentário
pessoa que só fala de si
pé gelado
espirro com tosse
água no nariz
axé/pagode/sertanejo/raul gil/afins
pessoa que grita em agudinho
mentira deslavada
coisas na tv que lembram domingo
despertador barulhento
motorista braço/folgado
pessoa que pede ajuda de informática e te mostra o computador e fica apertando enter no (seja lá qual for) aviso que o computador tá dando antes que vc consiga ler
pessoa que liga a cobrar
ter que ligar a cobrar
dor de cabeça
pessoa metida a cool e descolada que odeia pessoas cool e descoladas e finge que nem percebe que faz um estilo pessoa cool e descolada
pessoa falsa que te "ama" e te acha super bonita e não sabe falar sobre outra coisa quando te encontra.
pessoa que sorri demais
pessoa amarga full time
pessoa que fica falando mal, em alto e bom tom, dos velhinho que tem preferência em banco
banco que só tem um caixa atendendo bem na hora do almoço que é qdo as pessoas podem ir ao banco
atendente mau-humorado
pessoa que te encara séria qdo vc faz uma piadinha boba pra quebrar o gelo
pessoa que comenta o filme em voz alta
pessoa que já viu o filme e fica te chamando atenção para a cena que virá
obturação que quebra uma vez a cada seis meses
quando a única opção é salgado de calabreza ou carne
muvuca
muvuca barulhenta
muvuca com uma menina que joga o cabelo em você o tempo todo
pessoa que fica falando quando você quer dormir
namorado paranóico
namorado que não gosta das suas amigas

chega, as duas listas são infinitas, acho que eu sou chata e legal e legal e chata para mim, empate, pronto.

domingo, 17 de maio de 2009

Categoria B, C, D, E...

Dia desses, uma amiga me convidou para ir ao cinema. O filme era Madame Bovary, adaptação do clássico de Flaubert, dirigido por Claude Chabrol e estrelado pela excelente e consagrada atriz Isabelle Huppert.
Bem, eu já havia assistido uma parte em dvd, mas infelizmente eu cai no sono (não pelo filme ser chato, mas é que eu tenho mania de assistir filme de locadora durante a semana lá pela meia noite e meia, nada prático ou econômico para quem acorda às 8), então eu vi nessa uma oportunidade de me retratar com um dos meus diretores preferidos em grande estilo: em um a sala de cinema. Uma sala de cinema que tem o diferencial da alta qualidade dos equipamentos de projeção e som, além de poltronas confortáveis. Sala de cinema da rede Cinemark. Essa rede, como quase todas, se propõe ao "altruísta" ato de exibir não apenas filmes que lhes proporcionem retorno financeiro automático, eles são "do bem", uma vez por dia eles abrem uma das salas para filmes não tão populares: os que trazem cultura, os já denominados cult (ou nas locadoras: estrangeiros). Wow, nossa, como eles são legais, como eles são bons e caridosos.
Bem, a sala não estava lotada, digamos umas 30 pessoas, pouco para um sábado a tarde, mas estava longe do que se pode considerar de uma sessão vazia. Nos sentamos e esperamos ansiosas pelo filme, minha amiga já tinha se programado para assistir à uma semana e de mim vocês já sabem. Logo no início já deu para perceber que a copia do filme estava em péssima qualidade, a imagem cheia de sujeira, riscos, arranhões. Ok, a gente engole. Mas o som, ah o som, isso tem limite. Pelo estado da película o áudio devia estar completamente danificado, sem contar que provavelmente era stéreo e aquelas salas e todo o equipamento são projetadas para 5.1. Pois bem, acho que o projetista colocou o filme e saiu da sala pra comer alguma coisa, sem regular o áudio que devia estar programado para a sessão anterior. O som estava super alto e estourado, a trilha sonora vinha acompanhada de um zunido irritante, tudo parecia uma mistura de barulhos, tudo irritava, principalmente a trilha sonora. Eu e a minha amiga aguentamos 10 minutos de filme até acreditarmos que aquilo já era sofrimento suficiente e resolvemos sair. Mas não sem antes pedir nosso dinheiro de volta, porque sinceramente aquilo era um desrespeito. Explicamos o nosso descontentamento ao laterninha e pedimos o que era nosso de direito, acreditando que o rapaz fosse concordar conosco. Ele saiu da sala e avisou que nós deveríamos falar com a gerente e a chamou pelo walk-talkie. "Estou aqui com um (código de problema que eu não lembro qual), umas meninas que dizem que a qualidade do filme não é bom." Ah? Você estava na sala, você também não acha? Gerente pelo walk-talkie "olha, essa sessão é de filme cult, esses filmes tem uma qualidade inferior, nós cobramos mais barato por causa disso, elas deveriam saber disso, a rede Cinemark passa esses filme PARA PROMOVER A CULTURA." Indignação máxima subindo pelo meu corpo, cheguei até a tremer. Pedi para que aquela senhora viesse dizer aqueles absurdos na minha cara. E ela veio, e repitiu tudo bem alto e para que todos pudessem ouvir. Falou que nós estávamos equivocadas e que o áudio estava bom e que sessão Cult era assim e blablablas ignorantes a revelia. No final, percebi que argumentar com aquele jumento (tadinho do jumento, mas é forma de espressão)era perda de tempo, então eu falei que queria o meu dinheiro de volta e pronto. E ela que tem uma leve idéia do que é direito do consumidor, me devolveu.
Bom vamos lá, entendemos que graças ao desrespeito que se dá à cultura nesse país, esse filme deve ter uma ou duas cópias circulando por todas as salas de cinema que ele conseguir. E devem rodar esses "tipos" de filme até o limite que a celulose aguenta antes de arrebentar. Querida rede Cinemark, não é esse o limite, não se vende comida estragada por ela não ter retorno suficiente, não é certo. Cinema, a mais de 70 anos, é áudio e visual, um não funciona sem o outro(se essa é a proposta), eles são complementares. E o áudio não serve apenas para nos dar idéia de quem está falando, ele guia as emoções, ele soma a narrativa, ele conta a história. É intolerável o descuido que eu presenciei e meu dinheiro de volta não paga a afronta daquela gerente mau informada. Espero que algum dia vocês entendam que o que paga o pão de cada dia de vocês é o cinema como um todo, pois os grandes diretores dos filmes norte-americanos bebem e muito da fonte do experimentalísmo de filmes que o grande público não aprendeu a apreciar.
tendo dito, adeus


(email que eu enviei à rede)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pra não dizer que não falei de fotos



(fatos)
Não sei como é para os outros, sei como é para mim e sei como é para quem eu li no momento e o que eu acho que é o que eu li. Mas eu quero falar sobre o que eu vejo do que vejo. Do que eu coloco aqui
e do que eu vejo.
E vejo alguém que muda o tempo todo e que não muda nada (ok, disso eu já falei) e eu vejo você. Sim, vejo você me moldando, me dizendo como agir, me dizendo como não agir, me dizendo que tal pensamento não existe, que isso é fora de moda, que se hoje fez frio aqui e calor lá é super demodê falar de cachecol. Vejo você me dizendo que a minha vida esta perdida e que eu tenho tanto potencial, mas o problema é que no seu ponto de vista ser feliz é ser o que você sempre quis mas não é, porque ser feliz sempre foi o mais patético de tudo, ser feliz é sobreviver.
E derrepente eu vejo que você sou eu e que eu sou você. Que moral não me importuna se não me incomoda e que se me incomoda é porque eu tenho dúvidas do se.
Só.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

Nastassja

Little Boy Blue, come blow your horn
The dish ran away with the spoon
Home again, home again Saturday morn
He never gets up before noon

Well, she used to render you legal and tender
When you used to send her your promises, boy
A diller, a dollar, unbutton your collar
And come out and holler out all of your noise

So Little Boy Blue, come blow your top
And cut it right down to the quick
Don't sit home and cry on the Fourth of July
Around now you're hittin' the bricks

So abracadabra, now she disappeared
Everything's Canada Dry
So watch your behavior and rattle your cage
With a bottle of Bourbon, goodbye

So Little Boy Blue lost little Bo Peep
She fell through a hole in the nest
Now ain't it peculiar that she's finally cooled
Your big wheels just like all of the rest

Whenever it rains, the umbrellas complain
They always get played for a chump
So mark it and strike it, she's history now
And you're hangin' out at the pump

(Little Boy Blue -Tom Waits)

Kinski

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Epifania Procedural (Wine Day)



Sola
e solamente assim
posso
criar e recriar o que vi.

Alguns aqui diriam:
Não crias
registra.

Equívoco
por
acreditar que
além de transformar podem
mudar
o que aqui esteve
e sempre estará.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Feriado de um dia só.






depois de um verão intenso, frio e chuvinha é tudo que a gente deseja.

In love




agora eu tenho um dente azul.

domingo, 19 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Tabasco



as vezes eu penso em tentar escrever alguma coisa legal aqui que seja tão legal que faça as pessoas lerem e aí quando eu chego nessa parte do pensamento eu penso mais um pouco no ridículo da situação e mais um pouco ainda de que só por partir do princípio de que escrever para alguém achar legal já tornaria qualquer texto um bosta eu desisto e me sinto uma boba por pelo menos não tentar escrever aquilo que eu tinha pensado no início e aí eu penso que na verdade eu sempre escrevi pensando na possibilidade de alguém ler o que na verdade torna qualquer forma de raciocínio anterior inválido=0

domingo, 12 de abril de 2009

Jellyfish's Day


-Sabe domingo?
-Hm?
-Não aconteceu nada.
-Sei.
-Vamos tentar ir até lá?
-Hmmm, não. To com desejo milho.

sábado, 11 de abril de 2009

Feriábado


Feriado rima com sábado







ou pelo menos deixa o sábado mais harmônico.

domingo, 5 de abril de 2009


domingo rima com cachimbo.


sexta-feira, 27 de março de 2009

ainda(não) no mudei

é como assistir um episódio antigo do Lei e Ordem. O cabelo dela (vc sabe muito bem de quem eu to falando) tá super curto, mas ela continua sendo a mesma passional e sofredora de sempre.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Nicole


Graças a um tal de microblog eu lembrei desse aqui. E graças a esse aqui eu lembrei como as coisas mudaram em dois anos e como não mudou nada. Só por fora, mudei o cabelo, mudou o lugar em que eu moro, a Nicole foi embora, eu envelheci. Mas por dentro continua igual, eu sou igual, os medos, as coisas, a maneira de colocar as palavras. Mudei eu.

novamesma