terça-feira, 5 de julho de 2011

desabafo

Droga de vida que vive dando rasteiras. A gente vai, se levanta, aguenta firme e quando vê, tà là vc no chao, caida e pensando se ainda tem vontade de se levantar, serà que nao é mais fàcil ficar l?a em baixo mesmo.
Droga de teclado que nao tem acento agudo e til e sò tem a letra (é) que jà vem com acento.
Droga de calor morento que tà fazendo nessa cidade
Droga de vontade de voltar pro Brasil e droga de saber que nao tem nada pra mim là.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Now


Bom, o meu braço depois da cirurgia foi concertado, quando você bota só o gesso tem que esperar pro osso crescer e juntar os dois pedaços. Como eu coloquei o pino não precisa de gesso e o que tem que esperar é a ferida da operação cicatrizar e fazer a fisio direitinho.
Hoje já se passou mais de um ano depois do acidente. Vi o Tony mais uma vez em Londres, por umas duas horas e nunca mais. Eu tenho ele no meu facebook mas ele nem usa. A Aneta eu achei no face dia desses adicionei, mandei um "oi, lembra de mim", ela me aceitou mas nem respondeu. São duas pessoas que eu nunca mais vou esquecer.
Acho que a moral dessa minha desventura é que a gente não pode ter medo de se jogar, de arriscar, de entrar em roubadas, por pior que as coisas podem dar, no final sempre se encaixam, existe uma harmonia causada pela desarmonia.
Se o Tony não estivesse lá, talvez eu estivesse fodida, talvez as coisas fossem um pouco mais difíceis, e talvez eu não tivesse quebrado o braço. Era pra acontecer como aconteceu e ele tava lá. Acho que o pior seria se eu nunca tivesse saido da minha casa em São Paulo, minha alma estaria quebrada. Não estou dizendo que o certo é se arriscar e largar tudo, fazer as malas e sair pelo mundo. Também não estou justificando as minhas atitudes que foram además irresponsáveis. Eu é que me perguntei tantas vezes porque que isso foi acontecer comigo e a unica resposta plausível foi: porque sim, porque aconteceu. Não tem como prever e se não tem como prever não tem como evitar. Podia ter não ter ido e um dia escorregar no banheiro e bater a cabeça e blablablaá, podia ter ido e não ter quebrado o braço, podia não ter ido, podia, podia, podia. Mas eu fui e pronto e ao invez de ter medo do improvável agora eu me sinto um pouco mais habituada a ele.
Pois que venha o futuro, que nos devore, que nos fortaleça, quando ele for agora ou quando ele for passado a gente vê. Como está escrito em um prédio famoso de Berlim: how long is now?