segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Malahide Castle


Bem, sábado eu completei uma semana aqui. Hoje é Bank Holiday e pelo que eu li é tipo um dia do trabalho e não tem aula. Passei o dia de hoje em casa sem fazer nada para descansar desses meus walkings days. Mas eu só comprei uma camera fotográfica ontem, as fotos só começarão a partir de agora. O bom é que material não falta, essa cidade é linda. Vamos lá então, esses são meus primeiros olhares de andarilha. Ontem (domingo), fomos num castelo nos arredores de Dublin, num vilarejo chamado Malahide. Vamos ao passeio?





Aqui na Irlanda chove e faz sol o tempo todo. Isso significa presentes ópticos a todo instante. Acho que eu nunca vi tanto arco-íris em toda a minha vida.












Esse é o Luas, o metrô de superfície que eu falei no post anterior. O mais legal dele é que tem o tempo todo e tem um reloginho que mostra quanto tempo até o próximo e os dois posteriores. Isso é uma mão na roda, tinham que implantar isso lá em São Paulo. A coisa chata é que o Luas cobre apenas uma pequena área da cidade e as 11 e 30 da noite acaba e você fica a mercê de onibus e taxi.








Os onibus daqui são que nem os de Londres, de dois andares, é super gostoso pra passear. Mas por outro lado, disseram que eles demoram bastante pra passar e que a maioria enrola muito pra chegar ao destino. Tipo o Brasil pelo visto. Não dependo deles ainda, então eu não sei dizer.








E para terminar a sessão transporte público esse é o DART, trem que liga Dublin aos seus arredores no litoral.












Adivinha que exposição eu vou ver semana que vem.












Na foto: um coreano, uma italiana e uma japonesa. Estávamos no DART indo pra um castelo.











O castelo.


















Os arredores do castelo.


























Super Toll!











E terminamos o dia em grande estilo num pub lá do vilarejo.















É isso aí amiguinhos, estou exausta de tanta diversão.
Até a próxima.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Overseas

Primeiros passos
Eu estava um pouco nervosa ao me despedir da minha tia querida e do meu amigo querido e entrar na área dos passageiros (que agora não me recordo o nome, mas é aquela área que tem o duty free e tal), mais ansiosa do que nervosa na verdade. Me sentindo as vezes meio bobinha, meio perdida, as vezes super bem e adaptada. Passei direto pelo duty free só olhando de longe aqueles produtos que eu definitivamente não preciso, mas que eu desejaria e acabaria comprando alguns. Na verdade eu fiz bem, quando eu cheguei ao meu portão as pessoas já estavam na fila. Eu como uma boa marinheira de primeira viagem errei a fila.
Escrevi as próximas linhas assim que eu sentei na minha poltrona no avião da KLM.
Bem , estou sentada no avião esperando o momento em que as aeromoças fecharão as portas do bagageiro acima de nossas cabeças e nos darão instruções de vôo. Acho que elas só falam em inglês porque desde que eu embarquei elas só se comunicaram nessa língua. Eu, na minha tola ignorância, imaginei que elas fossem brasileiras e que seria bom eu responder em português para elas entenderem que eu sou brasileira e sei lá. Aí uma aeromoça veio arrumar o braço da minha careira que estava caído e eu agradeci em português. Ela me devolveu o agradecimento em um inglês que definitivamente não era de brasileira e sorriu meio sem graça. Provavelmente pensando: Oh God. Ok, minha primeira gafe, vamos exercitar o inglês então.
E eu já to com uma paranóiazinha engraçada que daqui a pouco eu conto. Depois eu conto mesmo. Decolei, foi tranqüilo, tem uns gringos super gatinhos nas cadeiras do meio e por enquanto é só amiguinhos (19:24).
Conclusão
As aeromoças provavelmente eram holandesas e os gatinhos estavam acompanhados. A minha paranóiazinha era com o cara que estava sentado do meu lado que parecia meio tímido, desses caras que trabalham demais e um dia piram, pegam uma metralhadora e saem por aí atirando em uma avenida movimentada. Bom, única coisa que se confirmou é que ele era tímido. Tímido e alemão, não olhou no meu olho nenhuma vez nem quando eu pedia licença para ir ao banheiro e sorria em agradecimento.
Bem, depois de uma garrafinha e meia de vinho, um prato de peixe insosso, 2 Big Bang Theory, 1 Friends, 1 Family Guy, 1 Simpsons, uma café da manhã com u quadrado amarelo bizarro que parecia ser alguma coisa de ovo, uma café forte, ½ Montros VS Aliens, 1 ½ The Office e uma partidinha de Black Jack eu finalmente aterrisei em solo Holandês. O avião aterrizou tão suavemente que não deu pra perceber o momento em que ele tocou no solo. Eu achei fantástico e os passageiros devem ter achado também porque eles aplaudiram, ou então é um habito, do tipo: Parabéns, estamos vivos!
Fui, fui, fui, fui e fui por muto tempo até chegar no meu portão. O aeroporto de Amsterdam é realmente gigante. Mas é fácil de se achar e no avião eles mostram o mapa do aeroporto várias vezes.
Se a KLM era organizadinha, não dá pra dizer a mesma coisa da Air Lingus, a equipe era super grossa, menos o jamaicano que checou a minha bagagem que era super simpático e sorridente. As atendentes sorriam de uma orelha à outra para os cidadãos europeus e sorriam amarelo para nós brasileiros. Nem preciso dizer que a aterisagem foi super brusca, preciso?
Cheguei viva!
Bom cheguei, a imigração foi super tranqüila. Eu acho que é importante estar segura ao conversar com o agente, dar bom dia, ou boa tarde, sorrir e só entregar o passaporte e a carta da escola sobre a matrícula e estadia. Acho que isso já é meio caminho andado, mas na real meio que se tiver tudo certinho não tem muito problema não. A diferença é que o quanto mais educada você for, mais rápido acaba, e pode ser melhor heh. O agente foi super simpático comigo até perguntou se eu iria quebrar alguns corações em Dublin (hihi e ele era gatinho).
Peguei um taxi. Eu perguntei o valor aproximado antes de entrar e deu uns trinta euros. Algumas pessoas aqui do lugar onde eu estou pagaram entre 60 e 80 euros, então acho bom tomar essa precaução. O taxista era super simpático e faladeiro, me mostrou todos os pontos turísticos, me contou que já viajou ao Brasil e que filmou tudo e editou sozinho em uma mesa semi-profissional, me mostrou uns pubs, o ginásio, a faculdade, falou, falou, falou até eu chegar na residência. O inglês Irlandês não é tão complicado assim não, é só abstrair o que não entendeu e tentar entender o todo.
A residência é legal, bonita, um prédio antigo que antes era um dormitório para moças de um colégio católico que tem aqui perto. Fiquei imaginando as histórias que já aconteceram aqui, de amores escondidos, de meninas pulando a janela pra sair a noite. Meu quarto tem uma pia, adoro a idéia. Não tem banheiro, mas tem uma pia, e isso quebra metade do galho, rs.
Os brasileiros são legais, uma delas me ajuda pra caramba, as japonesas tímidas e fofas, as italianas queridas e simpáticas e os espanhóis barulhentos e espaçosos. Apesar de eu definir pela nacionalidade, não estou dizendo que o povo espanhol seja assim. É que os que estão aqui em particular são novinhos e também rolou uma treta antes de eu chegar. Eu não entendi direito como aconteceu, mas foi entre os brasileiros e os espanhóis e meio que depois disso eles se fecharam entre eles e odeiam os brasileiros e desde que eu cheguei tem alguns que nem olham na minha cara. E quando eles chegam na cozinha e a gente já está lá começam a bater panela e porta e a falar alto que é uma beleza. Mas sei lá, to nem aí, qualquer dia eu trago uma escola de samba pra competir com o barulho deles e a gente faz uma musica fuzion Olla y Tamborim.
Bem, no sabado eu fui num pub aqui perto e tomei Ginnes e outra cerveja que agora não me recordo o nome. Então, quando eu cheguei aqui na residência a brasileira tava tomando cerveja e eu acompanhei. Depois ela abriu um vinho e eu não pude negar. Resultado: perdi o domingo inteiro em hungover.
Hoje foi meu primeiro dia de aula. Foi legal. Depois fomos fazer um city tour com uma senhora lá da escola. Ela mostrou três lugares pra gente: um que antes era uma igreja e que agora é um espaço que vende bugigangas pra turistas, outro lugar também pra turistas do mesmo tipo pra pior e um lugar pra gente fazer a carterinha de estudante. Aí, quando eu tava preenchendo o cadastro ela simplesmente sumiu, tipo, foi embora. Daí que ficou legal. Ficamos eu, um brasileiro, uma japonesa e um espanhol. A gente foi passear na Trinity College Library. Lá tem o Book of Kells e um corredor gigante com livros antiqüíssimos (pra ver de longe é claro), no centro do corredor uma exposição de livros antigos sobre Napoleão Bonaparte. Foda! Vale muito a pena, é caro (9€) mas é foda.
Aí a gente deu uma passeada pelo centro. Pela Grafton Street, que é famosa por suas lojas de grifes famosas, mas não deu pra ver muita coisa porque já tava todo mundo meio cansado. Pegamos o Luas (que é um metrô de superfície daqui) e cada um desceu na sua estação. Menos eu que resolvi improvisar e desci numa estação antes da minha pra tentar achar um supermercado. Me perdi é claro. Mas depois de 2 km a mais eu consegui achar o caminho de casa e fui no supermercado aqui perto mesmo.
Ufa. Tem um monte de coisas a mais que eu queria contar, mas se eu começar, isso aqui vira um tratado.
Conto mais depois então.