sábado, 26 de setembro de 2009

Talvez as perguntas certas não produzam respostas?

Passando Matrix na tv e eu não consigo parar de pensar sobre o que não é mais assistir um filme como apenas um filme. Ele é hoje, pra mim, um conjunto de informações. Não que outros filmes não sejam, mas tá passando Matrix, logo eu estou pensando sobre ele.
Matrix é a própria Matrix, é a soma das realidades simuladas do qual o próprio filme se refere.
Se todos os nossos sentidos nos criam a sensação de uma realidade que aprendemos chamar de real, o que é o que não sabemos que é?
Matrix não faz o menor sentido, pois o mundo real é completamente irreal comparado ao que no filme seria o período pré-Matrix, houve um salto inexplicável dos rebeldes para a simples replicancia e nada mais se difere da própria Matrix e que depois se revela ele próprio uma segunda Matrix. E no espaço vazio de nasce a idéia da realidade pura, em branco. A idéia do que seria fora do que não é. E a explicação do que não é sentido é tão pobre, a não simulação acaba aí. O que falar sobre os nossos não sentidos? Que mundo é esse se não o mundo que não conhecemos? Acho que talvez seja por isso que as continuações sejam tão decepcionantes. Abrir a porta foi fascinante, mas não havia nada além dela.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ozera em Prudentópolis


Minha primeira parada foi numa pequena cidade do Paraná, Prudentópolis. Eu vou deixar as minhas coisas na casa da minha mãe, no oeste do Paraná, na longínqua cidade de Marechal Cândido Rondon. De Floripa até lá de carro dá mais ou menos umas 12 horas. Como eu viajei sozinha resolvi parar no meio da cominho. Minha mãe sugeriu Guarapuava, que é uma cidade de tamanho médio, busquei na internet e encontrei alguns hotéis. Esses de cidade que tem espaço pra eventozzzzzzzzzzz, os preços variavam de 80 a 120 reais e pelas fotos não pareciam variar tanto assim na qualidade das acomodações. Perto de Guarapuava, no meio da estrada (pelo GoogleMaps) encontrei um tal de Hotel Pousada Ozera, dei uma olhada no site e o lugar parecia bem bonitinho. Liguei e a pernoite com café da manhã sairia por 85 reais. Topei. Troquei alguns emails para confirmar a reserva e aconteceu o primeiro Fato que Torna o Interior Fascinante e Peculiar (FTIFP). No email final ele escreveu "Solicitamos que caso venha a chegar mais na parte noturna, por gentileza nos avise, e traga consigo nossos telefones caso precise nos ligar." Direto e reto e muito mais pessoal do que "Favor avisar em caso de mudança de horários". O povo daqui do oeste é assim, acho que deve ser influência alemã mais cidade pequena, eles te cuidam de longe. Não são muito próximos, nem simpáticos, no atendimendo ao público são rudes no início mas em pequenas atitudes provam que são gentís e prestatívos.
Bem, cheguei na pousada com uma certa dificuldade. Na estrada, enquanto eu ultrapassava um caminhão, vi uma placa bem grande "Hotel Ozera daqui X km", continuei, sem saber o quanto era o X, mas esperta. Nada mais de placa, cheguei há uma posto de gasolina e o frentista, achando isso a coisa mais engraçada do dia (e deve ter sido), me informou que eu já tinha passado 20 km do destino. All right, voltei e encontrei uma plaquita azul com os dizeres "Hotel Pousada" apontando para o outro lado da estrada. Numa entrada de terra super complicada chegava-se a outra placa enorme, no meio do mato, que indica que a única entrada que tem é a do HOTEL POUSADA OZERA. Mais estrada de terra e ufa, cheguei. Um rapaz me esperava na recepção, ele já sabia que eu era eu e a primeira frase foi "Já tinha te ligado mas caía direto na caixa-postal." Detalhe, eu falei que chegaria entre 4 e 5 da tarde, eram mais ou menos 4 e meia. Não sei porque, mas aquela pousada no meio do nada, eu sozinha com todas as minhas coisas e o cara completamente sozinho na recepção me lembrou Psicose. Preenchi a minha ficha e ele me levou na cabana, tinha uma família do lado, o que me deixou meio puta porque tinha crianças alegres e gritadeiras e eu tava a fim de tranquilidade e TODAS as outras cabanas estavam vazias. Mas por outro lado, fugiu do roteiro de Psicose. O apartamento é simples, não tem muita coisa, tem colchão de mola e box spring, toalhas limpas, é tudo bem limpinho e a janela da vista pra lagoa, apenas o trivial e necessário.
Ai, tá muito enrolado, vou tentar resumir.
A família foi embora, eu fiquei sozinha na pousada, jantei em Prudentópois e era domingo e a cidade estava toda na avenida principal (FTIFP) com o som dos carros ligados, olhando os carros que passavam, dançando no meio da rua e coisas super pitorescas que me faltam palavras pra descrever. Voltei pra pousada, tive uma noite super tranquila numa cama maravilhosa, pela manhã a mesa de café era a mais completa que eu já vi na minha vida, tipo 6 tipos de bolos, 3 sabores de iogurte, muitas frutas, sucrilhos, pão de queijo etc. Isso que só tinha eu na pousada.
Moral da historia, se você for de SP, RJ, SC etc e estiver indo praqueles lados (tipo Foz do Iguaçú) e quiser parar no caminho pra descansar antes de seguir viagem, eu super recomento o Hotel Pousada Ozera. Recarrega as baterias e te faz muito bem.

Wind me lembra Wild


Saí de casa há mais de dez anos, não sabia pra onde ia, só sabia que eu ia. Tinha que ir, nâo tinha mais lugar em casa, não dava. Não aguentava mais São Paulo, também não dava. Sair de casa e ficar por lá nem pensar, nem saberia como. Então eu fiquei no primeiro lugar que consegui: Florianópolis. Poderia ter sido qualquer lugar, não fui para morar no paraíso ou pra praticar esportes, fui porque na época era barato, a qualidade de vida eu percebi lá. Fui porque eu precisava, então eu fui pra lá. Fui como Mary Poppins que vinha e ia com o vento Leste.
Pois bem, agora o vento Leste soprou em meus ouvidos novamente e eu não posso ignorar o seu chamado, então eu vou.
Vou tentar contar tudo aqui. Um diário aberto como tantos que encontrei pela rede e que me ajudaram a conhecer, antes mesmo de saber, o meu destino.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Olá,
Eu mudei o conto pra outro lugar (primeirosegundo) e aqui vai continuar um espaço para as minhas trivialidades pessoais que eu costumo compartilhar com o mundo.